A mercantilização e a financeirização da Educação
Superior privada infelizmente já são uma realidade, a qual devemos nos
contrapor, afinal educação não é mercadoria.
É com esse entendimento que entramos na campanha
salarial deste ano, para quebrar a lógica da atual diretoria do Sinpro, que
defendeu na assembleia de pauta a mesma proposta recuada de sempre: reajuste
pelo INPC mais ganho real de 2%. Há anos vemos a mesma história se repetir, o
reajuste é sempre parcelado em duas vezes e o ganho real nunca sai do papel. Vamos mudar isso.
Este ano a situação ficou ainda pior: o patronato
está inerte e o sindicato não faz campanha salarial. Estamos em junho e só
ocorreu uma assembléia e as reuniões paritárias de negociações coletivas sequer
foram agendadas.
É
HORA DE DAR UM BASTA
Além disso, a Legislação Trabalhista e a Convenção
Coletiva são sistematicamente desrespeitadas com claros prejuízos para todos
nós professores. Vejamos:
v
Poucas IES pagam os salários em dia;
v
Férias e 13º terceiro salários em atraso, em
muitos casos chegando a mais
de dois anos;
v
FGTS não é depositado;
v O
INSS é descontado na folha salarial dos professores não é repassado à Previdência, entre tantas outras mazelas.
A prática de atrasos vem sendo repetida impunemente em favor dos altos lucros
dessas instituições e gerando uma “zona de conforto” para o patronato, sem
encontrar resistência por parte do Sindicato, que se limita, a cada ano, a
buscar apenas a recuperação das perdas salariais.
E mais, as alardeadas comissões paritárias não
deram em nada, pois o acordo fechado em 2013 ignorou todas as propostas que
foram objeto de pauta das paritárias, que remontam ao ano de 2012:
regulamentação dos Planos de Carreiras, Pós-Graduação “lato-senso” e, sobretudo
a difusão indiscriminada da EAD.
O movimento Vem
pra Luta entende que é preciso acabar com a “zona de conforto” patronal e com
o imobilismo da direção do sindicato, conquistando reajustes acima da inflação
e ganho real de fato que chegue ao bolso dos professores. Mas isso só será
possível com ampla mobilização da categoria. Temos confiança que estamos juntos
nesta luta.
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